O que têm em comum uma pequena ilha grega, uma região isolada da Itália e uma comunidade adventista na Califórnia? Todas elas fazem parte das Blue Zones, regiões do mundo onde as pessoas vivem mais e com mais saúde.
O conceito das Blue Zones foi desenvolvido pelo explorador e autor Dan Buettner, que estudou os segredos por detrás da longevidade nestes locais. A resposta? Uma combinação de factores como uma alimentação plant-based, atividade física diária, forte sentido de comunidade e um propósito de vida claro. Neste post, vamos falar nos hábitos alimentares e no estilo de vida que fazem destas zonas lugares de longevidade e como podemos aplicar essas práticas na nossa vida diária!
O que são as blue zones?
As Blue Zones são cinco regiões do mundo onde as pessoas têm uma esperança de vida acima da média, muitas vezes ultrapassando os 100 anos. Estas zonas incluem:
- Okinawa, Japão: Conhecida como a “terra dos imortais”, os moradores de Okinawa têm uma alimentação rica em vegetais, especialmente batata-doce roxa e tofu. Eles também mantêm uma prática cultural chamada ikigai, que significa “razão para viver”, dando-lhes um forte propósito de vida.
- Sardenha, Itália: Os habitantes desta ilha mediterrânea seguem uma versão tradicional da alimentação mediterrânea, baseada em cereais integrais, legumes, hortaliças e pequenas quantidades de queijo e carne. Além disso, mantêm um estilo de vida activo, principalmente através de caminhadas diárias.
- Icaria, Grécia: Em Icaria, a alimentação baseia-se em vegetais frescos, leguminosas e utilizam azeite como gordura principal. A taxa de demência e doenças crónicas é muito baixa, e pensa-se que isso se deve ao consumo de alimentos simples e naturais, assim como à forte integração comunitária.
- Nicoya, Costa Rica: Os nicoyanos têm uma alimentação baseada em milho, feijão, abóbora e frutas tropicais. Eles mantêm relações familiares muito fortes e praticam atividades físicas moderadas diariamente.
- Loma Linda, Califórnia, EUA: Os adventistas do sétimo dia em Loma Linda seguem uma alimentação vegetariana ou vegana, com foco em frutas, legumes e frutos secos. Além disso, a fé e o envolvimento em práticas religiosas dão-lhes um forte propósito de vida.
Importância da alimentação plant-based
Nas Blue Zones, a alimentação plant-based é uma constante. Cerca de 95% da alimentação nestas regiões é baseada em plantas, com refeições ricas em leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilhas), cereais integrais, vegetais e frutas frescas. O consumo de carne é raro e, quando presente, é geralmente reservado para ocasiões especiais ou consumido em pequenas quantidades.
Por exemplo, em Okinawa, a batata-doce roxa, rica em antioxidantes, é um alimento básico. Em Sardenha, os cereais integrais, vegetais frescos e legumes são os pilares da alimentação. A alimentação tradicional das Blue Zones é um exemplo de como uma alimentação simples, baseada em alimentos frescos e minimamente processados, pode trazer enormes benefícios para a saúde.
Estudos mostram que a alimentação plant-based ajuda a reduzir o risco de doenças cardíacas, diabetes tipo II e cancro, promovendo a longevidade. Alimentos vegetais são naturalmente ricos em fibras, antioxidantes, vitaminas e minerais que protegem o corpo de infecções. A ausência de produtos processados e açúcares refinados nestas dietas é outro fator importante para a longevidade.
Vantagens da alimentação plant-based nas blue zones
- Redução do Risco de Doenças Cardíacas: O consumo de uma grande diversidade de legumes nas Blue Zones, contribui para níveis saudáveis de colesterol e uma menor incidência de doenças cardiovasculares.
- Menor Incidência de Cancro: Uma alimentação rica em antioxidantes, como os encontrados nas frutas e vegetais, protege as células e reduz o risco de vários tipos de cancro.
- Diabetes Tipo 2: As fibras presentes nas leguminosas e nos cereais integrais, ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue e a prevenir picos de insulina.
- Melhor Saúde Mental e Cognitiva: A alimentação plant-based está associada a uma menor incidência de declínio cognitivo, como demonstrado na população de Icaria, onde as taxas de demência são muito baixas.
Embora a alimentação plant-based seja muito importante, outros fatores contribuem para a longevidade nas Blue Zones, como Atividade Física Regular, fortes laços sociais, propósito de vida, desaceleração e meditação.
Como podes incorporar os hábitos da blue zones na tua vida?
Adoptar hábitos das Blue Zones pode ser uma maneira eficaz de melhorar a saúde e qualidade de vida. Aqui estão algumas sugestões práticas:
- Adoptar uma Alimentação Plant-Based: Priorizar leguminosas, vegetais, frutas e cereais integrais. Reduzir o consumo de carne e alimentos processados, substituindo-os por alimentos de origem vegetal, como os nossos Veggie Burgers.
- Movimento! Caminhar, andar de bicicleta, fazer jardinagem são excelentes formas de nos mantermos ativos de forma moderada e, também, de ter contacto com a natureza.
- Cultivar relações: Reservar tempo para passar com a família e amigos, seja à volta da mesa com comida saudável ou em atividades ao ar livre.
- Encontrar o propósito de vida: Refletir sobre o que nos dá alegria e propósito, e isso pode ser (apenas) uma nova atividade, um projeto pessoal ou passar mais tempo com as pessoas que gostamos!
As Blue Zones mostram que a longevidade e a boa saúde não são apenas uma questão de genética, mas sim de escolhas conscientes de estilo de vida. Uma alimentação plant-based, rica em alimentos naturais e sustentáveis, associada a um estilo de vida ativo e socialmente conectado, são os segredos para viver mais e melhor. Incorporar esses hábitos no dia-a-dia não só beneficia a nossa saúde como também promove um futuro mais sustentável e equilibrado.